Uma história de amor ao parkour


E olha só quem ressurge das cinzas: O meu blog.

E junto com ele, talvez um fragmento do meu parkour. É, eu explico isso jájá.. antes eu quero deixar uma coisa bem clara:
Essa porra de post vai ser bem gay, muito gay, gay demais da conta. Então antes de o chamar de gay, vá pro diabo que o carregue.

=)

pronto. Disse. Vamos ao que interessa. Primeiro aos fatos:

Desde meados de outubro do ano passado, minha rotina de treinos caiu muito, chegando, mais ou menos depois de novembro/dezembro, a quase zero. Eu treinava algumas vezes por mês, principalmente quando ia pra outro lugar ver o pessoal do parkour, ou eles vinham até minha cidade. Mas nada que realmente desenvolve-se frutos. Eram treinos leves, nada de especial ou comparado a minha rotina que eu vinha mantendo anteriormente. Os meses de janeiro/fevereiro/março tiveram praticamente ausência completa do parkour na minha vida, eu já me dava por perdido, via o parkour como uma fase que eu havia passado e que era grato, mas já não era mais pra mim. Algo que não fazia mais diferença, ou sentido, na minha vida. E eu pareci aceitar isso. Tudo o que começa, acaba. Fato.
Como desculpa eu usei meu pé ruim, falta de tempo e um monte de outras lorotas que, na verdade, não me impediam de nada. Mas isso não vem ao caso.
Consequentemente, me afastei de algumas pessoas que tinha muita amizade, dentro do parkour, me afastando também por algumas causas que eu defendia, dentro desse cenário. Mantive grande número de amizades, mas senti falta de algumas, que continuo apreciando muito, porém o "convivio" já é quase inexistente.

Hoje, porém, alguma coisa aconteceu. Faço faculdade em uma cidade a 80 km da minha, então pego o onibus para ir e voltar, todo dia. No caminho de ida, hoje, o assunto do parkour ressurgiu, por algum motivo, na minha mente. Quando eu ia vendo como um filme os momentos todos que o parkour havia me proporcionado, tantos e tantos, seja de vitórias pessoais, erros cometidos, amigos e momentos de amigos e mais amigos, e eu já citei amigos ? ou cada postagem desse blog, me veio a mente. Onde está, agora, aquele parquinho da minha infância, que eu gostava tanto, que até citei ele no post "origens" ?

E aquela mata que eu presenciei o "segredo da água" ? será que aquela maldita precisão ainda existe ? ou já cortaram os galhos que eu usava ? E a água ? secou ? A quanto tempo eu não freqüento esses lugares ?

E as vitórias de movimentos que antes eu achava impossiveis, e a felicidade de sentir na pele um movimento executado, ou a noção de ter a movimentação evoluindo, e ver, presenciar essa evolução, e o orgulho que isso proporcionava .. ? Eu senti falta e perguntei onde estavam as lagrimas que eu deixei cair por causa de um cat leap qualquer, quando eu não conseguia realizar. E a felicidade, os abraços em qualquer coisa e os gritos: "FILHO DA PUTA! CARALHO! CONSEGUI, PORRA!" por causa de um simples sdc, ou algo do tipo.

Aí entra a parte gay: Quando eu começo a me sentir emocionado com todas essas memorias nostalgicas que faziam parte de mim, vindo a tona.. a música que começa a tocar no meu celular é "assim sem você" com a adriana calcanhoto. "eu não existo longe de vocêeee, e a solidão é o meu pior castigoooo..."..

É, meus amigos.. a verdade deu um tapa na minha cara. Me fez sentir, outra vez, a vontade de sentir os músculos doendo, ardendo, e o prazer de saber que você faz isso tudo por que é retardado o suficiente pra praticar um esporte tão besta, mas tão encantador, como o parkour. A música do claudinho e buchecha me fez realmente perceber quanta falta o parkour fazia em mim. Afinal, ele não é só uma prática de finais de semana. Eu o construi, por dois anos, pra ser parte integral de mim. E esquecer tudo isso por causa de uma preguiça ou coisa do tipo, é ridículo.

Por isso que eu coloquei meu relógio pra despertar amanhã, sete da manhã. E vou acordar ao belo som da voz de adriana calcanhoto. Sim senhor.. "avião sem asaaa, fogueira sem brasaaa"..

Não prometo nada, sei que a reconstrução de tanto tempo parado é ardua e lenta, mas tenho fé em mim mesmo de que sei onde pretendo chegar. E vou chegar. Mesmo que tenha que ouvir uns funks anos noventa pra me motivar, na ida pra faculdade, de vez em quando.

Até amanhã, parkour. Até amanhã.
 

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